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O que é

ENERGIA EÓLICA

A energia eólicaEnergia eolica 2, em linhas gerais, pode ser entendida como a energia cinética presente na massa de ar em movimento. Do ponto de vista físico é possível converter a energia cinética de translação do vento em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para trabalhos mecânicos como bombeamento d’água e moagem de grãos.

Embora este tipo de energia seja conhecida e utilizada a milhares de anos para as mais diversas atividades que envolviam trabalho mecânico, foi apenas no final do século XIX que ouve a tentativa de transformar a energia cinética do vento em energia elétrica. Os investimentos na produção desta energia em escala comercial vieram já por volta da década de 1970 quando da crise mundial do petróleo.

Estima-se que o potencial eólico bruto mundial seja da ordem de 500.000 TWh por ano. Entretanto, devido a restrições socioambientais, apenas 53.000 TWh (cerca de 10%) são considerados tecnicamente aproveitáveis. Ainda assim, esse potencial líquido corresponde a cerca de quatro vezes o consumo mundial de eletricidade1.

Neste contexto vários países do mundo se atentam para o conhecimento das potencialidades eólicas do seu território, já que pelas especificações técnicas para o aproveitamento do potencial eólico de determinada região é necessário que a densidade seja de 500 W/m2, a uma altura de 50m, fato que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s. O Brasil vem desenvolvendo vários estudos para conhecer as potencialidades eólicas em seus domínios, no intuito de fomentar a tomada de decisão a cerca do aproveitamento da energia eólica do seu território1.

Neste cenário regiões como Norte de Minas, os Vale do Jequitinhonha e do Mucurí e região Central se destacam por apresentarem regiões que possuem as características necessárias para produção deste tipo de energia. Principalmente ao longo da Serra do Espinhaço nos municípios de Francisco Sá, Grão - Mogol, Catutí trechos serranos de Janaúba, Porteirinha, Pai Pedro e Espinosa. E nos ditos Planaltos Residuais do São Francisco com destaque para os municípios de Claro dos Poções e a região Sul do município de Montes Claros que apresentam velocidades médias anuais da ordem de 6,5m/s até 8.5m/s, a 50m de altura2.

O comportamento das velocidades médias trimestrais do vento para estas localidades revela que de junho a agosto, conforme Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, as velocidades, a uma altura de 50m, atingem seus maiores valores, sobretudo na região ao longo da Serra do espinhaço quando os valores chegam a atingir 9 m/s.

Tal realidade contribui para colocar estas regiões na rota de investimentos em novas formas de energia, transformando a região em referencia na produção deste tipo de energia, captando investimentos e qualificando a mão de obra para lidar com estas novas tecnologias para o aproveitamento dos recursos naturais desta região.

 

REFERÊNCIAS:

1 – AMARANTE, O.A.C.; ZACK, M. B.; SÁ, A. L. Atlas do Potencial Eólico Brasileiro. Brasília: Ministério de Minas e Energia, 2001. 44p. Disponível em: <http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/download/atlaseolico/Atlas%20do%20Potencial%20Eolico %20Brasileiro.pdf>. Acesso em: 15 de Maio de 2013.

2 – AMARANTE, O.A.C.; SILVA, F. J. L.; ANDRADE, P. E. P. Atlas Eólico: Minas Gerais. Belo Horizonte: Cemig, 2010, 84p. Disponível em: <http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/download/atlas_eolico/atlas_eolico_MG.pdf>. Acesso em: 10 de Fevereiro de 2013.

 

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